Introdução
O cenário do BPC/LOAS está passando por transformações profundas em 2025, afetando diretamente a vida de milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. As novas regras têm gerado apreensão entre os beneficiários, principalmente com a intensificação das convocações para perícias médicas e a redefinição dos critérios de renda. Pessoas idosas e com deficiência – justamente as que mais precisam desse suporte – estão enfrentando um processo cada vez mais burocrático e restritivo. Aqui no Meu Consig, temos acompanhado de perto essa situação e percebido o quanto essas mudanças têm deixado muitas famílias preocupadas com o futuro financeiro. Vamos entender juntos o que mudou e como você pode garantir seus direitos nesse novo cenário.
O que você vai encontrar neste artigo
- Principais mudanças nas regras do BPC/LOAS em 2025
- Como as convocações para perícias médicas estão afetando os beneficiários
- Novas exigências burocráticas para manutenção do benefício
- Quem ainda tem direito ao BPC/LOAS após as mudanças
- Como solicitar ou manter seu benefício diante das novas regras
- Perguntas frequentes sobre o BPC/LOAS
Principais Mudanças nas Regras do BPC/LOAS em 2025
Redefinição da Renda Per Capita
Uma das mudanças mais impactantes nas novas regras do BPC/LOAS em 2025 é a redefinição do cálculo da renda per capita familiar. Antes, o limite era de 1/4 do salário mínimo por pessoa na família (R$ 353 em 2025). Agora, o governo endureceu a interpretação desse critério, retirando várias exceções que antes beneficiavam as famílias. Pois é! Aquela flexibilização que permitia considerar gastos com medicamentos e tratamentos de saúde como dedução da renda familiar? Acabou. O resultado prático é que muitas famílias que antes se enquadravam no benefício agora estão sendo consideradas “acima da linha de pobreza” – mesmo que na prática continuem em situação de extrema vulnerabilidade.
Novo Cálculo de Renda Familiar
Outro dia mesmo, conversei com uma senhora que cuidava sozinha do filho com paralisia cerebral e ela tava desesperada! No novo cálculo de renda familiar, o governo deixou de considerar como exceção alguns rendimentos que antes não entravam na conta. Por exemplo, o benefício de prestação continuada recebido por outro membro da família agora é somado integralmente. Além disso, pensões por morte, auxílios-doença e até mesmo benefícios assistenciais temporários passaram a contar no cálculo da renda per capita. Essa mudança é especialmente cruel para famílias que têm mais de uma pessoa com deficiência ou idoso em casa – justamente as que mais precisam de apoio. A parada é bem simples: quem já vivia no limite agora tá sendo empurrado pra fora do programa.
Veto à Acumulação com Bolsa Família
O governo também endureceu as regras sobre a acumulação de benefícios. Agora, é impossível receber o BPC/LOAS e o Bolsa Família simultaneamente, mesmo que em nome de pessoas diferentes da mesma família. Na prática, a família precisa escolher entre um dos dois benefícios, ficando com aquele de maior valor – geralmente o BPC, que equivale a um salário mínimo (R$ 1.412 em 2025). Contudo, essa escolha forçada impacta diretamente as famílias numerosas, que antes podiam contar com os dois auxílios para complementar a renda. Acredita? Tive contato com uma família de cinco pessoas que perdeu cerca de R$ 600 mensais com essa mudança! É um verdadeiro baque no orçamento de quem já vive com o mínimo.
Convocações para Perícia Médica: O Que Você Precisa Saber
Quem Está Sendo Convocado?
As convocações para perícia médica do BPC/LOAS têm gerado pânico entre os beneficiários. O governo intensificou o chamamento prioritário de três grupos específicos: pessoas que recebem o benefício há mais de 10 anos sem reavaliação, beneficiários com doenças consideradas “não permanentes” segundo os novos critérios, e aqueles que foram incluídos por decisão judicial. Olha só: tem gente que não passava por uma perícia desde 2012 e agora, de repente, recebeu uma carta intimidadora dando prazo de 30 dias pra comparecer! Muitos beneficiários com deficiência, principalmente idosos e pessoas com mobilidade reduzida, estão enfrentando dificuldades enormes para atender a essas convocações repentinas. Aliás, quem não comparecer pode ter o benefício suspenso imediatamente.
Polêmica e Debates no Congresso
A intensificação das perícias tem causado acalorados debates no Congresso Nacional. Deputados da oposição classificam a medida como “pente-fino cruel”, enquanto o governo defende que se trata de “revisão necessária para coibir fraudes”. Durante a última sessão da Comissão de Direitos Humanos, parlamentares denunciaram casos de beneficiários com condições permanentes e irreversíveis sendo obrigados a passar por perícias repetidas vezes. Por outro lado, a equipe econômica argumenta que a revisão pode economizar até R$ 20 bilhões aos cofres públicos nos próximos três anos. Essa economia, entretanto, vem do corte de benefícios de pessoas vulneráveis – o que tem sido chamado por especialistas de “ajuste fiscal nas costas dos mais pobres”.
Direitos dos Beneficiários com Condições Permanentes
Apesar do endurecimento geral, a Lei n.º 15.157/25 manteve algumas proteções importantes para beneficiários do BPC/LOAS com condições permanentes. Pessoas com deficiências irreversíveis, como amputações, cegueira permanente, paralisia cerebral e algumas síndromes genéticas, têm direito à isenção de reavaliações periódicas. Contudo – e isso é importante! – essa isenção não é automática. O beneficiário ou seu responsável precisa solicitar formalmente o reconhecimento da condição permanente, anexando laudos médicos detalhados que comprovem a irreversibilidade da condição. Na prática, muita gente não sabe desse direito e acaba sendo submetida a perícias desnecessárias e desgastantes. Já vi casos de pessoas com Síndrome de Down tendo que “comprovar” a cada dois anos que ainda têm a síndrome!
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Novas Exigências Burocráticas para o BPC/LOAS
Documentação e Cadastros Obrigatórios
O labirinto burocrático para manter o BPC/LOAS em 2025 ficou ainda mais complexo. Agora, além da documentação básica (RG, CPF, comprovante de residência), é obrigatório manter atualizado o Cadastro Único (CadÚnico) a cada 12 meses – mesmo que nenhuma informação tenha mudado. Também se tornou exigência a apresentação de declaração de composição familiar com firma reconhecida em cartório, comprovantes de renda de todos os membros da família (incluindo trabalho informal), e até mesmo extratos bancários dos últimos três meses de todas as contas dos familiares. Sério mesmo! Tem ainda a obrigatoriedade de cadastro biométrico presencial nas agências do INSS para todos os beneficiários, independentemente de sua condição de mobilidade. É muita burocracia pra quem já enfrenta tantas dificuldades no dia a dia.
Prazos e Consequências do Não Cumprimento
Os prazos para atualização cadastral e atendimento às convocações tornaram-se mais rígidos e as consequências mais severas. Quando o beneficiário recebe uma notificação do INSS para atualizar seus dados ou comparecer à perícia, ele tem apenas 30 dias corridos para cumprir a exigência – antes esse prazo era de 90 dias. O não cumprimento dentro deste período resulta na suspensão imediata do benefício. Após 60 dias de suspensão sem regularização, o benefício é definitivamente cancelado, e o beneficiário precisará entrar com um novo pedido, enfrentando toda a fila e burocracia desde o início. Em 2024, mais de 400 mil benefícios foram suspensos por não atualização cadastral, muitos deles pertencentes a pessoas que sequer sabiam da necessidade de atualização ou não conseguiram cumprir os prazos devido a limitações físicas ou sociais.
Quem Ainda Tem Direito ao BPC/LOAS em 2025?
Critérios para Idosos
Para os idosos, os critérios do BPC/LOAS continuam incluindo a idade mínima de 65 anos, mas com verificações mais rigorosas da situação financeira. Além do limite de renda per capita familiar de 1/4 do salário mínimo (R$ 353 em 2025), agora é analisado também o patrimônio familiar total, que não pode ultrapassar 48 salários mínimos (aproximadamente R$ 67 mil). Isso significa que um idoso que mora com a família em uma casa própria avaliada acima desse valor pode perder o direito ao benefício, mesmo vivendo em condição de pobreza. Outra novidade é a verificação de movimentações bancárias: depósitos regulares, mesmo que pequenos, podem ser interpretados como renda não declarada. Então é o seguinte: mesmo que você tenha 65 anos ou mais e viva em situação de vulnerabilidade, agora tem muito mais detalhes sendo analisados pra ver se você “merece” o benefício.
Critérios para Pessoas com Deficiência
Para pessoas com deficiência, além dos critérios de renda semelhantes aos dos idosos, a avaliação da condição de deficiência tornou-se mais restritiva. A perícia médica do BPC/LOAS agora utiliza uma nova tabela de classificação que reduziu significativamente o número de condições consideradas “impedimentos de longo prazo”. Condições como depressão grave, fibromialgia, algumas doenças reumáticas e até mesmo certas sequelas de AVC que antes garantiam o benefício agora são frequentemente classificadas como “temporárias” ou “passíveis de reabilitação”. A avaliação biopsicossocial, que deveria considerar aspectos sociais da deficiência, na prática tem dado peso quase exclusivo aos laudos médicos. Muitas pessoas com deficiência que conseguiam viver com independência graças ao benefício agora estão tendo que provar repetidamente que sua condição as impede de participar plena e efetivamente na sociedade.
Como Solicitar ou Manter seu BPC/LOAS com as Novas Regras
Passo a Passo para Novos Pedidos
Se você está planejando solicitar o BPC/LOAS pela primeira vez, prepare-se para um processo mais complexo. Primeiro, é fundamental estar com o Cadastro Único atualizado nos últimos 12 meses – faça isso no CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) mais próximo da sua residência. Em seguida, reúna toda documentação: RG, CPF, comprovante de residência, comprovantes de renda de todos os membros da família, declaração de composição familiar (disponível no site do INSS) e laudos médicos detalhados (no caso de pessoa com deficiência). O próximo passo é agendar o atendimento pelo telefone 135 ou pelo site/aplicativo “Meu INSS”. No dia agendado, compareça com todos os documentos originais e cópias. Após esse atendimento inicial, se for pessoa com deficiência, será agendada a perícia médica e a avaliação social. O prazo médio de análise tem sido de 90 a 120 dias – bem mais demorado que antes.
O Que Fazer se Você Foi Convocado para Perícia
Recebeu uma convocação para perícia do BPC/LOAS? Não entre em pânico, mas aja rápido! Primeiro, verifique a data, horário e local da perícia na carta de convocação ou no aplicativo Meu INSS. Reúna todos os laudos médicos recentes (preferencialmente dos últimos 6 meses), exames, receitas de medicamentos de uso contínuo e qualquer documento que comprove sua condição. É importante levar um relatório médico detalhado que explique claramente como sua deficiência ou doença afeta suas atividades diárias e sua capacidade de trabalho. Chegue com pelo menos 30 minutos de antecedência e leve um acompanhante, se possível. Durante a perícia, seja claro sobre suas limitações – este não é momento para “mostrar força” ou minimizar dificuldades. Se você tem uma condição permanente, solicite formalmente o reconhecimento dessa condição para evitar futuras convocações desnecessárias.
Como o Meu Consig Pode Ajudar
Nós do Meu Consig entendemos as dificuldades que os beneficiários do BPC/LOAS estão enfrentando com as novas regras e estamos preparados para oferecer suporte especializado. Nossa equipe pode auxiliar com orientações sobre a documentação necessária, prazos importantes e procedimentos para manutenção do benefício. Através de nosso atendimento humanizado via WhatsApp, ajudamos a interpretar notificações do INSS e preparar a documentação para perícias ou atualizações cadastrais. Para beneficiários que enfrentam emergências financeiras durante o processo de revisão ou suspensão temporária do benefício, podemos avaliar alternativas de crédito adequadas à sua situação. Nosso objetivo é garantir que você não perca seus direitos por questões burocráticas e que tenha acesso a todas as informações necessárias de forma clara e acessível. Afinal, já atendemos mais de 120 mil clientes somente em 2024 e entendemos profundamente as necessidades de quem depende de benefícios assistenciais.
Perguntas Frequentes Sobre o BPC/LOAS
Meu BPC não foi liberado, o que fazer?
Se seu BPC não foi liberado, primeiro verifique o motivo da negativa no aplicativo Meu INSS ou pelo telefone 135. Os motivos mais comuns são renda per capita acima do limite, documentação incompleta ou avaliação médica/social desfavorável. Com o motivo em mãos, você pode entrar com recurso em até 30 dias na Junta de Recursos do INSS. Para aumentar suas chances, reúna documentos complementares que possam comprovar sua situação, como laudos médicos mais detalhados, comprovantes de gastos com medicamentos ou tratamentos, e declarações que demonstrem sua vulnerabilidade socioeconômica. Se necessário, busque ajuda na Defensoria Pública ou em entidades de assistência social. Lembre-se: muitos benefícios são negados por questões formais que podem ser resolvidas com a documentação adequada!
O que fazer quando o BPC é cortado?
Quando o BPC é cortado, você deve agir rapidamente. Primeiro, identifique o motivo exato da suspensão através do Meu INSS, telefone 135 ou agência do INSS. Em seguida, reúna documentos que contestem o motivo da suspensão. Você tem direito a apresentar um pedido de reconsideração em até 30 dias após o corte, e este pedido suspende o cancelamento definitivo até sua análise. Se o pedido de reconsideração for negado, você ainda pode recorrer à Junta de Recursos e, posteriormente, à Câmara de Julgamento do INSS. Em casos de maior complexidade, considere buscar auxílio jurídico na Defensoria Pública. Mantenha sempre seus dados cadastrais atualizados para evitar novos cortes. A gente vê muito caso de benefícios cortados por bobagem burocrática que podia ser evitada!
Qual CID dá direito ao BPC/LOAS?
Não existe uma lista fixa de CIDs (Classificação Internacional de Doenças) que automaticamente garantam o BPC/LOAS. A concessão depende da avaliação médica e social que determina se a condição causa impedimentos de longo prazo (mínimo 2 anos) que dificultam a participação plena na sociedade. Contudo, condições como CIDs relacionados a deficiências intelectuais (F70-F79), transtornos globais do desenvolvimento (F84), paralisia cerebral (G80), cegueira (H54.0), Síndrome de Down (Q90) e amputações (S88, S58) tendem a ter maior taxa de aprovação. O importante é que o laudo médico detalhe claramente como a condição afeta a capacidade laboral e a vida independente da pessoa, independentemente do CID específico. Já vi casos de pessoas com o mesmo CID tendo resultados diferentes na perícia, simplesmente pela forma como o médico descreveu as limitações!
Como funciona a reavaliação biopsicossocial a cada dois anos?
A reavaliação biopsicossocial do BPC/LOAS ocorre a cada dois anos para verificar se as condições que deram origem ao benefício persistem. O processo envolve duas etapas: uma avaliação médica com perito do INSS e uma avaliação social com assistente social. Na avaliação médica, são analisados aspectos como funções do corpo, estruturas afetadas e limitações funcionais. Já na avaliação social, são considerados fatores ambientais, participação social, barreiras enfrentadas e situação familiar. Cada avaliação gera uma pontuação, e a soma delas determina se a pessoa continua a ter direito ao benefício. Beneficiários com condições permanentes podem solicitar isenção destas reavaliações mediante comprovação médica da irreversibilidade da condição. É importante não faltar a nenhuma dessas avaliações, pois a ausência pode resultar na suspensão automática do benefício.
Posso trabalhar recebendo o BPC/LOAS?
As regras para trabalhar recebendo o BPC/LOAS mudaram. Para pessoas com deficiência, a Lei 14.176/2021 permite o trabalho formal sem perder imediatamente o benefício, através do programa chamado ‘BPC Trabalho’. Ao conseguir emprego, o benefício é suspenso (não cancelado), podendo ser reativado caso o trabalho termine em até 2 anos. Além disso, existe a possibilidade de acumular o benefício com aprendizagem profissional por até 2 anos. Já para idosos, o trabalho formal geralmente resulta no cancelamento do benefício se a renda ultrapassar o limite estabelecido. Em todos os casos, é obrigatório comunicar ao INSS o início de atividade remunerada, sob risco de devolução dos valores recebidos indevidamente e possíveis penalidades. Muita gente não sabe, mas essa possibilidade de suspensão temporária (em vez de cancelamento) é um direito importante pra quem quer tentar uma vaga no mercado!
Conclusão
As novas regras do BPC/LOAS em 2025 representam um desafio significativo para milhões de brasileiros em situação de vulnerabilidade. O endurecimento dos critérios de renda, as convocações em massa para perícias médicas e o aumento da burocracia têm dificultado o acesso e a manutenção desse benefício essencial. Diante desse cenário, é fundamental que os beneficiários e seus familiares estejam bem informados sobre seus direitos e mantenham sua documentação sempre atualizada. Não deixe de atender às convocações do INSS e, se precisar de orientação, conte com o apoio do Meu Consig. Nossa equipe está preparada para ajudar a navegar por esse momento de transição, oferecendo suporte personalizado e humano para garantir que você não perca seus direitos por questões burocráticas. Afinal, em momentos de incerteza, contar com quem entende do assunto faz toda diferença na garantia dos seus direitos. Faça uma consulta grátis com taxas exclusivas!